O dia a dia de uma Desenvolvedora Android na Zup

Neste artigo você vai ver:

Sempre quis saber o que faz e com é a rotina de uma dev Android? Quais desafios enfrentam e como é sua rotina? 

Antes de te contar isso, é importante lembrar que as principais atividades de um profissional da área e os desafios que enfrenta pode ser bem diferente de uma empresa para outra. O projeto em que está envolvido, sua senioridade, até mesmo a própria equipe, dita bastante seu dia a dia.

Batemos um papo com a Caroline Ozzy, nossa Desenvolvedora Android desde 2018.  Afinal, ninguém melhor que ela para explicar o que faz e como vive uma Dev Android por aqui.

Chega mais!

desenvolvedora android

Carol, como você explica para sua avó o que faz uma dev Android?

Dentre as milhares de formas de tentar explicar o que uma dev android faz,o que fez a minha avó fazer aquela cara de “agora entendi!” foi: a gente fica falando com as pessoas e mexendo no computador pra fazer aplicativo de celular.

Claro que as atividades envolvidas vão além de só conversar e sentar para fazer um aplicativo. A parte que uma desenvolvedora android faz é o que a gente chama de front-end, ou seja, a parte visual da aplicação. 

Então para conseguirmos fazer nosso trabalho é necessário entender minuciosamente o que será feito, e antes de começar a fazer, entender como será feito.

Legal! Me conta um pouco como é a sua rotina de atividades.

Como ainda sou estudante e também tenho outra profissão além da de desenvolvedora, a minha rotina não representa a de mais ninguém que eu conheça e muitas vezes não sei explicá-la.

Nos últimos projetos tenho tido bastante flexibilidade de horário, mas me organizo de acordo com os momentos em que eu preciso estar na empresa, horários de reuniões e aulas da faculdade. A minha agenda parece um tetris, para conseguir focar na minha outra profissão, trabalhos da faculdade, e caso haja, atividades que não consegui entregar no prazo.

Para tentar ter algum indício de rotina, procuro não abrir mão de pequenos rituais, como sempre acordar cedinho para poder tomar o meu café da manhã com calma e manter minha caixa de e-mail sempre vazia com tudo resolvido.

E sobre a rotina relacionada exclusivamente ao trabalho, o que é mais comum fazer parte do dia a dia são as reuniões (técnicas, de definições, especificações de negócios), organização das tarefas (junto do time e também individual), ligações para tirar dúvidas, realização das tarefas de desenvolvimento (como a escrita do código, versionamento), o estudo constante e o trabalho junto da equipe de deixar tudo organizado pra não haver atrasos ou para poder contornar os contratempos.

Qual sua parte preferida do dia/semana?

Todos os momentos de comer. 

Café da manhã é meu momento de me preparar pro dia, então amo que seja feito com calma, acordando aos pouquinhos e lembrando de como está o planejamento. 

E o almoço é o momento de voltar a mim mesma. Se as coisas vão mal, é onde me acalmo e me reorganizo. Se as coisas no dia vão bem, é o momento de conversar com as pessoas que gosto ou só aproveitar minha própria companhia.

Quais ferramentas você usa todos os dias? Pensando naquelas mais importantes.. 

  • Android Studio
  • Github
  • Jira
  • Adobe Xd
  • Zeplin
  • Postman 
  • E nosso sábio salvador Google. 

P.S.: Provavelmente estou esquecendo de algo.

O que você mais gosta de fazer e o que mais odeia?

O que eu mais gosto e mais odeio ao mesmo tempo é lidar com pessoas. Tudo depende do dia, hora e contexto. 

Adoro como a profissão acaba exigindo o contato com pessoas completamente diferentes de mim, mas creio que todos concordamos: isso pode ser bem desgastante.

A parte de escrever código só não é a minha preferida porque lidar com gente é mais surpreendente e me tira bastante da zona de conforto.

Excelente. Agora pensando no seu dia a dia, o quanto você usa de hard x soft skill?

Mesmo que pareça mais natural para uma pessoa que desenvolve usar predominantemente as hard skills, eu considero que as soft skills estão presentes em 100% do nosso dia a dia, dentro e fora do trabalho. Enquanto as hard skills a gente usa quase que somente no trabalho, e depois de usar toda a nossa malemolência para chegar no que devemos desenvolver.

Claro que isso também vai muito de perfil do profissional, mas a importância de dar atenção aos dois lados é imensa. Aquela ideia de desenvolvedores que não se comunicam bem já não cola mais no mercado da tecnologia como ele é hoje.

Qual o sentimento de terminar uma sprint? 

É incrível! Especialmente quando não apenas uma sprint acabou, mas quando ela acabou e o time todo está orgulhoso do que foi entregue. 

Acho incrível quando a gente acaba uma sprint e temos o que chamamos de retrospectiva, que dentro do Scrum é uma reunião feita para que o time todo avalie o que foi bacana e o que dá para melhorar. Quando é um time maduro e unido, costuma ser extremamente produtivo e satisfatório terminar a sprint com ela, sabendo que vamos melhorar ainda mais na próxima.

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O que te irrita no trabalho?

Machismo (e quaisquer formas de discriminação, e não só no trabalho), reclamações demais, pessoas que levam pro pessoal as coisas que são exclusivamente sobre trabalho e desrespeito com o tempo ou espaço alheio.

Qual atividade te toma mais tempo hoje?

Entender e achar os problemas.

Quando algum bug surge, ou aquela atividade que você desenvolveu simplesmente não funciona por algum motivo que você não consegue entender de cara, às vezes até mesmo com a ajuda de colegas de trabalho que são maravilhosos, normalmente demora mais do que eu gostaria.

Quando você sabe que fez um bom trabalho? 

Às vezes isso é completamente intuitivo: você olha para o código que escreveu, ou percebe o impacto que alguma ação sua teve para o time ou cliente, e simplesmente sabe. Pode ser que a gente se engane vez ou outra, mas quando a gente vai ficando mais maduro na profissão isso vai ficando mais natural.

Há também situações que alguém solta um “mandou bem!”, e algo que antes nem havia percebido. Então feedbacks ajudam muito!

Qual dica valiosa você gostaria de ter ganhado no começo da sua carreira?

Tecnicamente ainda estou no início da minha carreira, mas se tem algo que eu gostaria de ter aprendido antes, e procuro trabalhar em mim todos os dias, é ser mais gentil comigo mesma. 

A síndrome do impostor às vezes grita alto, mas no fim tá tudo bem não saber tudo. 

É importante tentar ignorar aquele pensamento que diz “eu já deveria saber disso!”, e consequentemente o medo de errar. A vida fica muito mais fácil quando você perde o medo de pedir ajuda rápido e percebe que provavelmente alguém já passou pelo mesmo problema que você.

Uma dica extra é: façam terapia.

Vagas para dev Android

Quer trabalhar com a Carol e mais um monte de gente legal da área? Veja aqui todas as nossas vagas. 

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Analista de Conteúdo
Apaixonada por conteúdo, café, bons livros e doguinhos.

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