Java EE: entenda a plataforma e principais funcionalidades

Neste artigo você vai ver:

Antes de mais nada, vamos começar contextualizando brevemente o Java EE, sigla para Java Platform Enterprise Edition (ou, em português, Plataforma Java Edição Empresarial). Ele consiste em uma plataforma de programação para servidores amplamente utilizada e, como o próprio nome já diz, na linguagem Java.

Sua principal utilização é para o desenvolvimento de software em ambientes corporativos, com aplicações como web e rede, além de outros recursos seguros, escaláveis e multicamadas que facilitam muito o nosso dia a dia.

A grande diferença em relação à Plataforma Java Standard Edition, conhecida como Java SE, está na adição de bibliotecas que, por meio das suas funcionalidades, tornam possível implantar software Java multicamada, distribuído e tolerante a erros.

Além disso, essa plataforma é classificada como um padrão de desenvolvimento, uma vez que o fornecedor precisa seguir certas regras para poder declarar os seus produtos compatíveis com esse recurso. Mais um ponto positivo!

Todas essas características fazem com que o Java EE seja bastante usado no desenvolvimento de software para empresas. Separamos neste artigo as principais características, funcionalidades e recursos dessa plataforma para ajudar você, desenvolvedor, a fazer um ótimo trabalho.

Quais as principais funcionalidades do Java EE?

O Java EE é formado por uma série de contêineres e especificações com diferentes funcionalidades. Listamos abaixo os principais:

  • Java Database Connectivity (JDBC): Usado para acessar bancos de dados.
  • Enterprise Java Beans (EJBs): Usados para desenvolver componentes de software. Graças a esses recursos, o programador consegue focar sua atenção nas necessidades de cada cliente, porque detalhes como escalabilidade, segurança, disponibilidade e infraestrutura ficam sob responsabilidade do servidor de aplicações.
  • Servelets: Esse recurso é usado para desenvolver aplicações web com conteúdo dinâmico. Ele é composto por uma API que tem como objetivo fornecer ao programador os recursos do servidor web de uma forma mais simples e fácil de operar.
  • Java Transaction API (JTA): Trata-se de uma API que busca padronizar o tratamento de transações em uma aplicação Java.
  • Java Server Pages (JSP): Pode ser conceituado como uma especialização do servlet que possibilita ao programador desenvolver com mais facilidade conteúdos dinâmicos.
  • Java Persistence API (JPA): Trata-se de uma API que tem como objetivo padronizar o acesso a banco de dados por meio de um mapeamento Objeto Relacional dos Enterprise Java Beans.
  • Java Connector Architecture (JCA): Consiste em uma API que uniformiza a ligação a aplicações legadas.
  • Java Server Faces (JSF): Trata-se de uma especificação Java que ajuda o programador na construção de interfaces de usuário a partir de componentes para aplicação em ambiente web.
  • Java Message Service (JMS): Por meio desta API para middleware orientada a mensagens, torna-se possível a comunicação entre aplicações de forma assíncrona.

Servelets Concorrentes no Java EE

Trabalhar com processamento concorrente pode ser uma necessidade no seu dia a dia. Para isso, iremos mostrar agora o uso da API “Concurrency Utilities for Java EE” com exemplos.

Para executar um certo código de forma assíncrona, ele deve estar presente em uma classe “Runnable” ou “Callable”. Ao realizar essa tarefa, será gerado um identificador.

Essa tarefa, depois de ser enviada para execução, não envia qualquer resultado. Para que isso seja possível, você precisa usar uma classe que implemente a interface “Callable”. Graças a esta classe, um valor randômico de 1 a 10 será devolvido e apresentado depois no HTML, como resultado da chamada de um novo servlet.

Contêineres no Java EE

Uma das características que nós adoramos no Java EE são seus famosos contêineres, que têm como função abrigar componentes, serviços e APIs a fim de permitir a comunicação entre esses elementos. Esses contêineres são implantados por fornecedores de serviços de aplicativos, sendo necessário um contêiner para cada um dos componentes.

Compartilhamos a seguir os principais serviços oferecidos pelos contêineres.

  • Serviços de Diretório: Chamado de Java Naming and Directory Interfaces (JNDI), trata-se de uma API que consegue acessar serviços de diretórios. Cada um destes serviços tem que fornecer um Service Provider (Provedor de Serviços).
  • Segurança: O uso de APIs como Java Authentication and Authorization Service (JAAS) contribui para a autorização e autenticação de usuários na plataforma Java EE.
  • XML: Esse serviço oferece suporte a XML (eXtensible Markup Language), utilizando DOM (Document Object Model), documentos SAX (Simple API for XML) e XSLT (extensible Stylesheet Language Transformations).
  • E-mail: Graças a esse componente, torna-se possível a troca de mensagens por meio do Java Message Service (JMS), o serviço de mensagens do Java. Aqui, o uso da API Java Mail permite controlar os e-mails e mensagens enviadas e recebidas com clientes, por meio de diferentes protocolos como IMAP, SMTP e POP.
Overengineering

Quais as principais vantagens?

Curioso para saber os grandes benefícios para as organizações e programadores do Java EE e seus componentes? Confira os 4 principais:

#1- Atualização do sistema: Graças à utilização dos componentes corporativos, o programador consegue realizar alterações sem afetar os demais componentes da plataforma.

#2- Independência: Esses componentes possibilitam a independência entre as linguagens utilizadas.

#3- Extensibilidade: Para trazer mais funcionalidades e recursos, é possível remover e adicionar componentes a um aplicativo.

#4- Eficiência: Alguns componentes agregam mais agilidade às telas de apresentação do sistema, tornando o desenvolvimento mais assertivo e ajudando na identificação da lógica e no acesso aos dados.

Quais as camadas na Plataforma Java EE?

Ele é composto por três tipos de camadas:

#1- Camada de Apresentação: Ela pode ser conceituada como a lógica de apresentação, uma vez que controla as telas a que o usuário tem acesso. Além disso, também é responsável pela interação entre as regras estabelecidas para determinar o modo como o usuário visualiza a página, levando em consideração o perfil do cliente que está utilizando o software.

#2- Camada de Negócio: Também chamada de camada física, a sua finalidade consiste em encapsular a lógica do negócio.

#3- Camada Cliente: Essa camada suporta clientes portáteis, aqueles que acessam por meio de dispositivos móveis e web, permitindo a comunicação através do protocolo HTTP. É aqui que encontram-se vários clientes, como HTML dinâmicos, HTML estático, independentes, Applet Java, clientes não Java e empresas para empresas, entre outros.

Esse modelo multicamadas é perfeito para ambientes empresariais, marcado por diversas interações envolvendo diferentes partes, como funcionários, fornecedores e clientes.

Uma dessas camadas engloba os componentes Web. Você pode desenvolvê-los através de servlets, JSF (JavaServer Faces) ou páginas JSP (JavaServer Pages). Dessa forma, o usuário do software consegue interagir e visualizar o sistema, mas sem que as regras de negócio sejam processadas e implementadas.

Isso acontece porque as regras são determinadas em outra camada, através de frameworks e APIs, implantados em EJBs (Enterprise JavaBeans).

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